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Ampliar e fortalecer a luta contra o bolsonarismo no segundo turno

As eleições municipais de 2020 necessitarão de uma profunda análise, para muito além dos números das capitais, pois o Brasil é um gigante continental com um complexo interior. E essa análise somente deve ser feita após a conclusão do segundo turno. Antes disso, parece precipitado apontar quais as resultantes políticas do processo eleitoral ainda em curso.

De qualquer modo, sabemos reconhecer que infelizmente, por fatores externos e por erros de condução das campanhas que apoiamos, o papel desempenhado pelo nosso Partido nestas eleições ficou distante das nossas vontades e das exigências dos resultados imediatos. Terminamos o primeiro turno não elegendo qualquer candidatura a vereador/a. Em algumas organizações, a derrota é naturalizada e até mesmo enaltecida com prontas frases de efeito pseudorrevolucionário. Aqui, não! A Organização A Marighella – Construção do Partido Revolucionário – participa das eleições burguesas de modo tático e com o objetivo claro de acumular forças; ou seja, não participamos para festejar derrotas com um discurso de falso desdém ao processo eleitoral, muito menos de pranto pela inferioridade inerente a qualquer tarefa dos revolucionários no sistema capitalista.

Diante disso, ao admitir que nossas candidaturas prioritárias foram derrotadas nas eleições de 2020, queremos também anunciar que já não se pode mais adiar a total entrega de nossa militância na edificação do movimento patriótico e popular, obrigando um giro total nesse sentido, inclusive porque foi esse um dos poucos pontos de êxito da nossa tática eleitoral recente. Urge diariamente levantar o movimento da Brava Gente Brasileira!

Outro ponto de êxito da nossa tática eleitoral recente foi a escolha da filiação democrática no PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), que claramente foi a legenda progressista da ordem que mais cresceu em 2020. Ao dizer isso não estamos a focar apenas em números, mas, principalmente, na relação “quantidade de eleitos e coesão partidária” entre os eleitos, além da enorme agitação desse partido eleitoral, que já está com notoriedade nas massas populares, faltando apenas a presença de um projeto nacional mais definido para iniciar a superação de outras legendas do campo progressista.

Da mesma forma, é imperioso iniciar as definições das candidaturas prioritárias de nosso Partido (Organização A Marighella – CPR) para as eleições de 2022 ainda neste ano, sendo crucial planejar e começar a execução do planejamento tático dessas, igualmente, ainda neste ano. Trabalhar mais e mais! Cuidar mais e melhor do Partido! Seguir disciplinadamente cada plano tático para acumular êxitos estratégicos no próximo período! Com a força do nosso Estatuto, expurgar quem nada ou muito pouco fez, depurando o Partido! Recrutar mais e mais camaradas!

Por fim, diante do cenário do segundo turno das eleições municipais, estaremos comprometidos com o apoio às candidaturas que sinalizem a ampliação e o fortalecimento da luta contra o bolsonarismo. O Brasil precisa parar Bolsonaro! Para tanto, devemos apoiar candidatos e candidatas que representem uma derrota, ainda que simbólica, para a Presidência da República. O objetivo central na eleição presidencial de 2022 será derrotar Jair Bolsonaro, tão logo, toda candidatura nesse segundo turno que apontar no sentido oposto aos interesses do Presidente, enfim, toda candidatura desse tipo deve ser apoiada.

Mesmo que com críticas diversas, e em alguns casos com grande distanciamento político e ideológico, mesmo assim, nas capitais e cidades brasileiras onde terá segundo turno, orientaremos voto para candidaturas que indiquem uma derrota para o bolsonarismo. Para fins de exemplo, seguem algumas orientações: Edmilson Rodrigues (Belém/PA), Edvaldo Nogueira (Aracajú/SE), Sarto Nogueira (Fortaleza/CE), Eduardo Paes (Rio de Janeiro/RJ), Guilherme Boulos (São Paulo/SP) e Manuela d’Ávila (Porto Alegre/RS).

O Comando Nacional da Organização A Marighella – CPR.
Brasil, 21 de novembro de 2020; ao centésimo nono ano de imortalidade do Comandante Carlos Marighella; e ao cinquentenário do desaparecimento físico do Comandante Joaquim Câmara Ferreira.