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Em defesa da Revolução Chinesa: abaixo os fantoches do imperialismo em Hong Kong!

Hong Kong é protagonista de uma longa disputa geopolítica entre China e Inglaterra, algo que remete à Guerra do Ópio (1839-1842), quando esse território foi roubado pelos britânicos, sendo somente devolvido de maneira oficial no ano de 1997, sob garantia de manutenção da linha econômica ocidental (neoliberalismo) no local. A região, portanto, se tornou conhecida por estar em “dois sistemas”, o governo socialista chinês, e a política econômica britânica com moeda – o dólar de Hong Kong – e legislação própria.

Em outras palavras, Hong Kong é o lugar da China onde há maior influência imperialista, com a maior entrada de corporações e empresas multinacionais, agências e organizações think tank, que infiltradas, visam unicamente massificar o ideário anticomunista. E em tempos de guerra comercial, Hong Kong se tornou o local ideal para mais uma tentativa do imperialismo ianque de desestabilizar a região, criando uma onda liberal para derrubar o sistema socialista chinês.

Os protestos, que já duram 8 semanas, começaram por uma lei de extradição de criminosos proposta pela China, e já recuada pelo Governo de Hong Kong. A continuidade das manifestações, com aumento do furor e da violência inútil, a tal ponto de por duas vezes grupos tentarem invadir o parlamento, além da utilização da bandeira colonial britânica e de gritos de apelo ao presidente norte-americano Donald Trump, encerra, portanto, qualquer dúvida sobre o real interesse desses manifestantes, que não passam de títeres instrumentalizados pelos imperialismos ianque e europeu/britânico. Cumpre frisar que já está comprovado o financiamento de alguns desses grupos de “manifestantes” pela National Endowment for Democracy (NED), organismo norte-americano ligado ao serviço secreto de inteligência do Governo dos EUA, e também financiado por George Soros, dono da Open Society Foundations e velho patrono das contrarrevoluções “coloridas” pelo mundo.

O financiamento de golpes contrarrevolucionários sempre foi uma arma do imperialismo para desestabilizar e destruir quaisquer regimes socialistas ou democrático-populares, e para entregar nações e povos na submissão imperialista e na condução do neoliberalismo. Isso ocorre, sobretudo, em países que representam interesses estratégicos. Foi assim, por exemplo, no conluio tramado com traidores – em especial, Gorbachev e Yeltsin – na contrarrevolução soviética de 1989 a 1991, que colapsou em definitivo o combalido regime da URSS, que desde 1956 vivenciava uma degeneração, derrubando em efeito dominó o “mundo socialista” e inaugurando a globalização unipolar dos imperialismos ianque e europeu. 

Tentaram de modo semelhante, há 30 anos, na China em 1989, quando uma narrativa foi vendida ao mundo, na qual estudantes universitários chineses lutavam por liberdade e democracia e acabaram massacrados pelo regime socialista, quando na verdade foi justamente o contrário, conforme artigos e documentos históricos disponibilizados recentemente pelo Centro Cultural Camarada Velho Toledo (CCCVT). Hoje há muita semelhança entre o incidente da Praça da Paz Celestial (Tiananmen, Pequim, 1989) e os jovens fantoches imperialistas que marcham alopradamente em Hong Kong – o financiamento e o aparelhamento imperialistas que impulsionaram e impulsionam, através da guerra da comunicação, uma juventude dispersa e desorientada, com sonhos liberais e consumistas que não duram 1 mês na realidade dura do capitalismo.

Assim como foi no colapso soviético, assim como foi na queda do muro de Berlim, que caiu para o lado errado, assim como foi no caso chinês da Praça da Paz Celestial, é dever dos verdadeiros comunistas tomar posição sempre em defesa do avanço socialista e contra todos os tipos de ataques do imperialismo! 

Não cabe nesta nota qualquer debate sobre as escolhas econômicas chinesas após o desaparecimento físico do camarada Mao Tsetung, não cabe nesta nota discutir os rumos da economia chinesa a partir de Deng Xiaoping, o que adiantamos ser tema da maior complexidade marxista-leninista haja vista as peculiaridades do vitorioso Socialismo Chinês, afinal a China está de pé disputando a geopolítica contra o imperialismo ianque, em batalhas comerciais e cambiais (com direito a uma recente desvalorização planificada do Yuan), a China está de pé com seu povo vivendo dias de prosperidade e harmonia, diferentemente (e infelizmente) da maioria do resto do mundo. Se tem algo que cabe aqui é orientar a agitação de que o “Socialismo dá certo”, diante da disputa de narrativa sobre a conceituação do que seria a economia chinesa.

Mais que isso, por fim, cabe nesta nota manifestar o nosso apoio total ao Partido Comunista da China e ao camarada Xi Jinping, para que tenham firmeza de resolver esse conflito em Hong Kong, para que tenham sabedoria de dirigir o Socialismo Chinês, e para que tenham compreensão e generosidade internacionalista com os povos em luta pelo mundo. 

 

Brasil, 06 de agosto de 2019; ao centésimo oitavo ano de imortalidade do Comandante Carlos Marighella.

Secretaria de Relações Internacionais da Organização A Marighella – Construção do Partido Revolucionário.