A Greve dos Petroleiros está vencendo o judiciário burguês, está vencendo o entreguismo do Governo Bolsonaro, está vencendo a estagnação que tomou conta do campo progressista, e está superando os limites da polarização colocada desde meados de 2016, algo que foi muito reforçado após a eleição presidencial de 2018. A própria suspensão da greve nesta quinta-feira (19), após vinte dias, com sinalização de mesa de negociação, já é um sinal de vitória dos petroleiros, de vitória da soberania nacional.
O desemprego da Fábrica de Fertilizantes de Araucária (Paraná) é mais um exemplo do desmonte da economia nacional, então promovido aceleradamente por este governo antinacional e antipovo. Importante frisar que a greve é também bastante assertiva na luta contra a entrega do pré-sal e contra a venda de nossas refinarias, terminais e oleodutos.
A forte adesão da categoria petroleira, assim como os ensaios de solidariedade classista por setores dos movimentos dos caminhoneiros, que sofrem com o aumento do combustível, somente reforçam a percepção de que, mesmo diante de tantas adversidades, é preciso radicalizar em defesa das bandeiras mais sólidas da classe trabalhadora.
O silêncio da grande mídia burguesa, que tenta bloquear a pauta, é também um sinal importante de que o movimento grevista é um obstáculo real ao projeto de destruição do Brasil promovido pelo Governo Bolsonaro. O cerco midiático tem sido quebrado com ações inteligentes dos petroleiros, como por exemplo vender botijão de gás abaixo do preço do mercado (por R$35/40).
Outra informação muito relevante é a de que a maioria do povo brasileiro segue contrária à privatização da Petrobrás. Nem mesmo toda a campanha pesada contra a empresa pública, buscando igualar a mesma com a ideia de “corrupção”, nem mesmo os ataques diários dos últimos governos, nada disso foi capaz de mudar o sentimento de pertencimento nacional que as massas populares possuem com essa empresa.
A Petrobrás é do povo brasileiro! O Petróleo é nosso!
Todo apoio à Greve dos Petroleiros!