Agitar e propagar por uma Petrobrás do Povo, sem corrupção e sem entreguismo!
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Unificar todas as lutas contra a carestia e contra as medidas recessivas, impopulares e antinacionais de Temer!

Em resposta ao movimento grevista dos caminhoneiros, Temer sancionou lei e medidas provisórias que visam a reoneração tributária de setores importantes da economia, e que objetivam mais cortes nas áreas sociais (educação, saúde, previdência social, políticas públicas de inclusão social, etc.). Uma das ações mais grotescas foi o corte de benefícios aos exportadores brasileiros. A indústria química nacional, por exemplo, perdeu benefícios fiscais, e deve ter em breve uma onda de demissões. Além disso, a educação e saúde públicas, que já sofrem com a tesoura da União desde o famigerado ajuste fiscal do Governo Dilma, agora, em definitivo, devem entrar em colapso nos próximos meses. Tais aberrações orçamentárias e tributárias foram justificadas pela redução do preço do diesel, legítima pauta da greve dos caminhoneiros.

Entretanto, não se pode culpar a justa luta caminhoneira, que congregou tanto trabalhadores quanto a burguesia do escoamento de produção, ora setor econômico indispensável em nosso país e que precisa de nossa devida atenção em tempo de frente ampla, não se pode culpar quem acertadamente emparedou Temer e o conluio golpista (rentistas, alto escalão do judiciário e da Polícia Federal, meios de comunicação monopolizados, imperialismo, e outras forças do atraso) por essas bizarrices do Governo Temer.

A luta petroleira, que ficou em greve de advertência por 72 horas, sinalizou as saídas para a crise dos combustíveis: a revogação da política de preços exorbitantes dos combustíveis e do gás de cozinha; a retomada da capacidade produtiva plena das refinarias da Petrobrás, a fim de que a empresa importe menos petróleo refinado e derivados, logo, garantindo que o mercado interno brasileiro seja regulado em Reais, e não em dólares e sob especulação de interesses imperialistas; a retomada do monopólio estatal na extração do petróleo; a reintegração do nosso pré-sal, que foi leiloado no governo Dilma, e que agora foi entregue a preço de banana no Governo Temer; a demissão de Pedro Parente e de todos agentes infiltrados de petroleiras estrangeiras no conselho de administração da Petrobrás; e o bom e velho combate contra a privatização e o desmonte da Petrobrás.

Mesmo com fortes ataques da grande imprensa e do alto escalão do judiciário (TST – Tribunal Superior do Trabalho), que estipulou uma multa milionária contra as entidades sindicais petroleiras, mesmo assim, os petroleiros demonstraram a sua força. E a breve greve extremamente mobilizada e articulada com forças vivas sociais, bem como em sintonia com a paralisação caminhoneira, apontou, por fim, na queda de um conselheiro vinculado à Shell (José Alberto de Paula Torres Lima), que estava infiltrado no Conselho de Administração da Petrobrás, e na queda do próprio presidente da empresa, Pedro Parente. Vitórias gigantes em meio a um período de derrotas da classe trabalhadora e de reflexão crítica sobre a estagnação do movimento sindical.

Evidentemente que o Governo Temer já se apressou para acalmar o mercado estrangeiro e todos os satélites imperialistas sobre a continuidade da política privatista, impopular e antinacional de Pedro Parente na Petrobrás. Mesmo sem a presença do tucano entreguista, o projeto de destruição da nossa empresa continua.

Por isso mesmo, é hora de unificar todas as lutas contra a carestia (contra o aumento geral dos preços) com a luta contra as medidas recessivas, impopulares e antinacionais de Temer! A bandeira do desenvolvimento econômico e da ampliação de direitos sociais, trabalhistas, previdenciários, é a bandeira do progresso, é a nossa urgente bandeira.

Não se pode reduzir o diesel desarranjando toda a economia nacional e sucateando mais ainda as áreas sociais. O caminho está na Petrobrás. A empresa pode e deve mudar a sua política de preços e aumentar a sua produção, com mais foco ao mercado interno. A Petrobrás deve servir ao desenvolvimento nacional e ao povo brasileiro.

Por uma Petrobrás do Povo, sem corrupção e sem entreguismo!

Unificar todas as lutas contra a carestia e contra as medidas recessivas, impopulares e antinacionais de Temer!

E essa unidade evidentemente apontará para o projeto nacional e popular, o projeto do Brasil que a gente precisa.