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Torcer com o povo e lutar pelo Brasil: a sexta estrela será verde, amarela e vermelha!

A Copa do Mundo 2018, então realizada na Rússia, iniciou na última quinta-feira (14 de junho). O primeiro jogo foi marcado pela goleada da seleção da casa sobre a Arábia Saudita. A Seleção Brasileira estreia neste domingo (17) contra a Suíça. Nosso grupo possui ainda os selecionados de Costa Rica e da Sérvia.

Diante do triste momento em que vivemos, sob a ordem do golpismo desde 2016, com milhões de desempregados, com retorno da miséria extrema e da fome, com intervenção militar no Rio de Janeiro, com absurdos promovidos pelo poder judiciário, com avanços de reformas neoliberais, com entrega de nossas riquezas nacionais, e com tantas outras agonizações que fazem nosso povo sofrer, abriu-se um velho debate infantil no campo progressista acerca de torcer ou não pela Seleção Brasileira.

O argumento principal desse questionamento flagrantemente afetado pelo esquerdismo doentio é de que apoiar o selecionado canarinho é endossar o Governo Temer e seu retrocesso golpista. Outros dizem que a esquerda deveria usar outras camisas, que não fossem a da seleção, porque essa estaria maculada pelas mobilizações a favor do impeachment, haja vista a apropriação reacionária dos símbolos pátrios. Ainda há quem justifique não apoiar a seleção pela corrupção da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e pela elitização do próprio futebol, processo acelerado no Brasil durante a preparação para a Copa do Mundo de 2014. Para piorar há quem diga a máxima reacionária e elitista de que “o futebol é o ópio do povo”, é o “pão e circo” da nação.

Com a propriedade de ter absorvido grande parte dos membros do antigo movimento “Frente Nacional dos Torcedores”, a Organização A Marighella – Construção do Partido Revolucionário – luta contra a máfia da bola (CBF/Conmebol/FIFA) e contra a elitização higienista do futebol brasileiro e mundial, desde a nossa fundação, por justamente compreender a força organizada das torcidas, e essa genuína paixão popular tão presente em nossa identidade nacional. Por isso que A Marighella combateu os equívocos da Copa do Mundo de 2014, que lotou os estádios com consumidores ricos retirando o caráter simbólico popular do esporte outrora do povo. A prova disso é a memória dos xingamentos contra a ex-presidente Dilma na estreia da seleção. Se o estádio estivesse lotado de trabalhadores e de trabalhadoras, dificilmente aquilo teria acontecido. O próprio 7 a 1 reserva um simbolismo de que a Copa poderia ter sido nossa desde a arquibancada até o gramado, e por não ter sido, no imaginário popular cresceu a oposição reacionária contra Dilma.

No entanto denunciar isso, combater a elitização do futebol e a corrupção da máfia da bola, vinculada diretamente com os inimigos da Pátria e do Povo, jamais significou sustentar um discurso negacionista do evento da Copa do Mundo de 2014. Inclusive à época, a linha marighellista foi “Torcer e lutar pelo Brasil”, semelhante a linha de agora, pois, o nosso papel é o papel de servir ao povo. O povo ama o futebol e torce apaixonadamente por nossa Seleção. Somos do povo e vamos torcer pela Canarinho!

Além disso, sempre importante pontuar de que o futebol popular, elemento marcante de nossa expressão brasileira mais genuína, foi uma conquista da classe trabalhadora neste país. Afinal esse esporte era praticado somente por atletas oriundos das elites dominantes. Assim como foi uma conquista a presença do negro no futebol, numa constante luta contra o racismo no esporte. Da mesma forma, foi uma conquista o fim da “lei do passe”, que era um mecanismo análogo à escravidão, e dizer isso não significa ignorar os excessos financeiros da legislação atual que precisa mudar. De igual modo, tem sido uma conquista a luta das mulheres pelo futebol feminino, que avança a cada dia. Enfim, o futebol de Leônidas, Garrincha, Pelé, Zagallo, Nilton Santos, Afonsinho, Sócrates, Rivelino, Marta, e tantos outros e outras, esse futebol forte, malandro e vencedor, é a nossa marca. E não vamos ficar de fora da amada festa de nossa tão sofrida brava gente.

Se até nos porões da ditadura militar, os guerrilheiros torceram pela Seleção Brasileira. Não será Temer que nos fará tomar outra iniciativa. Nada de esquerdismo elitista! O futebol é do povo! A amarelinha é nossa! E a seleção de Tite vai trazer o hexacampeonato!

Camarada, vista a amarelinha, bota a camisa, pega a bandeira da Pátria! E vamos torcer com o povo, e vamos lutar pelo Brasil! A sexta estrela será verde, amarela e vermelha!

Brasil Hexacampeão! E Ciro Gomes Presidente da Nação! Venceremos!


Brasil, 16 de junho de 2018; 107º ano de imortalidade do Comandante Carlos Marighella.

Secretaria de Comunicação da Organização A Marighella – Construção do Partido Revolucionário