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Solidariedade ao povo boliviano

A informação da renúncia do agora ex-presidente Evo Morales marcou o domingo da Bolívia e de toda América Latina. Infelizmente após pressão impulsionada pelas forças reacionárias, que perderam a recente eleição com Carlos Mesa, por meio de mobilizações que tiveram apoio de policiais, Morales, que comandava uma libertação plurinacional na Bolívia desde 2006, terminou seu mandato com uma trágica renúncia.

As notícias bolivianas apresentam um quadro de gigantesca instabilidade institucional e de ações violentas promovidas pela oposição. Tudo aquilo que tem relação com as mudanças progressistas proporcionadas pela gestão de Evo Morales está sendo fortemente atacado. Lideranças populares estão sendo presas, torturadas e assassinadas! É um flagrante processo golpista! As Forças Armadas da Bolívia ignoraram o projeto emancipatório de Evo, e se colocaram novamente na rota de submissão ao imperialismo ianque; a mesma submissão que em outubro de 1967 matou Che Guevara, e agora faz com que apoiem abertamente o golpismo contra a soberania popular. 

O sofrido povo boliviano, que alcançou indicadores sociais e econômicos históricos durante o governo do MAS (Movimento para o Socialismo), terá que conviver no próximo período com um provável governo entreguista de desmonte da economia, de privatizações, e de destruição do legado popular do período Evo Morales.

Ao povo boliviano, a nossa total solidariedade! O imperialismo norte-americano promete destruir a Bolívia por meio de um governo fantoche. Mas vocês conseguirão resistir, lutar e vencer! Ficam aqui os nossos sinceros votos de solidariedade, de fraternidade, e de esperança!

Ao campo progressista brasileiro, em especial aos que se afirmam socialistas, fica novamente a velha lição de que sem Revolução não se chega ao Socialismo, e a derrota é mais cedo ou mais tarde certa. E nesse caso quem sofre sempre é o povo… Afinal, ele nunca pode renunciar a sua própria condição de classe trabalhadora.

 

Brasil, 10 de novembro de 2019; ao centésimo oitavo ano de imortalidade do Comandante Carlos Marighella.

O Comando Nacional da Organização A Marighella – Construção do Partido Revolucionário.