“Cada novo objetivo da classe trabalhadora representa um passo que conduz a Humanidade para o reino da liberdade e da igualdade social: cada direito que ganha a mulher, ela se aproxima da meta fixada de sua emancipação total.”
Alexandra Kollontai
Nós, mulheres, temos a tarefa primordial de levantar nossas bandeiras junto ao processo de transformação por uma sociedade socialmente justa, desenvolvida, e sem machismo. Somente nos colocando neste processo mais completo é que faremos possível a sociedade que queremos!
Diante do atual cenário político, não restam dúvidas acerca da vulnerabilidade das mulheres diante das reformas impopulares do governo golpista de Michel Temer. Quando rasgam as leis trabalhistas, rasgam nossos direitos, enquanto mulheres e mães, que tanto batalhamos para entrar no mundo do trabalho. A lei assegurava que a mulher grávida não trabalhasse em lugares insalubres que possam prejudicá-la, e agora só mediante atestado médico poderá ser liberada. Se antes a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) garantia o afastamento de grávidas das atividades ou locais insalubres, agora, a mulher só será afastada da função se levar um atestado médico explicando a necessidade.
Não bastasse a terceirização do trabalho, que nos coloca em situação de vulnerabilidade para buscar ou se manter nos empregos, teremos também essas abruptas mudanças na CLT.
A luta contra a reforma da previdência demonstrou seus resultados, mas devemos saber que esses não são definitivos. É natural que o Congresso Nacional, casa de ratazanas, se abstenha de pautas impopulares num ano de eleições, porém, nada os impedirá de votar a Reforma da Previdência depois das eleições. E isso serve de alerta para a mais importante eleição burguesa das últimas décadas, que está ameaçada com a constante instabilidade política, haja vista a surpreendente, enigmática, perigosa e ineficaz (ao que se propõe: segurança pública) intervenção federal de caráter militar no Rio de Janeiro.
Mães, filhas, estudantes, trabalhadoras e militantes, que neste dia, o nosso dia, que celebra a importância da mulher na sociedade, ressaltemos a consciência que temos do nosso papel, das nossas bandeiras, do sonho por um novo Brasil e por um novo mundo. Sabemos que só com as mulheres na luta, a vitória será possível.
Por isso, as Guerrilheiras, Setorial de Mulheres da Organização A Marighella – Construção do Partido Revolucionário – deixa sua saudação a todas as mulheres lutadoras, aquelas que não fugiram, não fogem, nem fugirão da luta por um Brasil soberano, livre e socialista!
No dia internacional das mulheres, 8 de março, não podemos deixar de lembrar nosso papel fundamental no presente das lutas e no passado de combate revolucionário pelo Socialismo, único caminho para emancipação plena das mulheres! Não podemos esquecer da origem operária do 8 de março, jamais!
Pela revogação da reforma trabalhista! Mulheres pela aposentadoria: contra a Reforma da previdência!
Mulheres pela segurança do povo: Contra a intervenção militar no Rio de Janeiro!
Mulheres em defesa do Brasil: Fora Temer! Defender a Constituição! Garantir as eleições livres e diretas neste ano! Amplitude e unidade pelo projeto nacional-popular! Ciro Gomes vem aí!
Mulheres pela paz mundial: Contra os ataques do imperialismo na Coreia, na Síria, na Venezuela, na Palestina, e em diversos lugares de povos em luta no mundo!
Viva a mulherada da Brava Gente Brasileira!