Diante da despedida física do Comandante Fidel Alejandro Castro Ruz, o Comando Nacional da Organização A Marighella manifesta, em profundo pesar, sua irrestrita solidariedade com o povo cubano, com o Partido Comunista de Cuba e com a Revolução Socialista Cubana.
A distância entre o Brasil e Cuba foi encurtada nos anos 60 quando a pequena ilha virou símbolo de inspiração e referência aos revolucionários brasileiros. E assim é, desde 1º de Janeiro de 1959, quando o “Movimento 26 de Julho”, liderado por Camilo Cienfuegos, Guevara, Melba Hernández, Raul e Fidel Castro, fez, de uma antiga área de lazer do imperialismo norte-americano, um grande bastião socialista na América Latina, derrotando a corrupta e cruel ditadura de Fulgencio Batista.
Não foram poucos os esforços do Governo Revolucionário cubano para com a luta revolucionária brasileira. A Ação Libertadora Nacional (ALN) foi, e muito, ajudada pelos camaradas de Cuba. De igual maneira, também foram dezenas de organizações de combate à ditadura militar brasileira. Não se pode olvidar do apoio direto ao Comandante Carlos Marighella, que da mesma forma, desde sempre defendeu exaustivamente a Revolução Cubana, inclusive rompendo com a submissão do finado PCB, que desautorizava a vitória guerrilheira por absurda ordem de Moscou. A solidariedade internacionalista revolucionária é marca constante simbolizada na figura de Fidel.
Aos comunistas da América Latina, Fidel é mais do que um amigo e um irmão, Fidel é o guia genial da Revolução, Fidel é fonte inesgotável de inspiração, Fidel é aquele camarada que jamais abandonará os que ousam lutar, os que ousam vencer. Aos revolucionários da América Latina, em especial aqueles que foram semeados da segunda metade do século XX até os dias atuais, onde nos encontramos, Fidel foi um pai imaginário dos povos em luta, tal qual foi Camarada Stalin aos revolucionários comunistas de mais tempo de jornada.
A Marighella espera que o exemplo singular de Fidel sirva para a firme continuidade da Revolução Cubana, para o aperfeiçoamento dos trabalhos revolucionários nas inúmeras áreas sociais, e para a realização de mais e mais conquistas ao povo irmão de Cuba. A Marighella espera também que o exemplo de Fidel sirva de motivação para que mais e mais trabalhadores, trabalhadoras, camponeses, camponesas, e jovens estudantes, assumam em definitivo a luta pela construção do Partido Revolucionário no Brasil, para que um dia a nossa Pátria seja libertada e encaminhada ao Socialismo.
Não satisfeito em ter sido absolvido pela História, Fidel Castro resolveu vencer a História, resolveu não ceder um milímetro ao imperialismo mesmo na caótica década de 90, nem mesmo aceitou cair nas inúmeras tentativas de assassinato, Fidel se despediu aos 90 anos… E finalmente, Fidel encontrou Guevara, Camilo, Melba, José Martí… Sabe-se lá onde, Fidel encontrou o Comandante Marighella…
Amigo do povo brasileiro! Amigo do Brasil!
Irmão Camarada de lutas e de sonhos!
Pai dos Povos da América Latina!
Guia Genial da Revolução!
Eterna fonte de inspiração!
Fidel vive, Fidel para sempre viverá!
Brasil, 27 de novembro de 2016; ao 105º ano de imortalidade do Comandante Marighella.
Comando Nacional da Organização A Marighella