Sem anistia: cadeia para os golpistas
dezembro 4, 2024

Brasil é soberano: abaixo o imperialismo! Pátria livre: venceremos!

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciada nesta quarta-feira (9/7) por meio de carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, impondo uma taxação adicional de 50% sobre as exportações brasileiras, a partir de 1º de agosto, é expressão direta do agravamento da “segunda guerra fria” e da ofensiva imperialista contra os países periféricos. Não há ingenuidade: trata-se de uma medida agressivamente protecionista, destinada a subordinar ainda mais o Brasil às pressões do capital internacional, especialmente norte-americano.

Entretanto, a questão central transcende a mera hostilidade externa. O governo Lula, eleito no contexto de superação ao bolsonarismo, segue preso numa profunda crise política e identitária. Seu programa, inicialmente moderado, sequer consegue ser aplicado devido à natureza antipovo e entreguista do Parlamento brasileiro, cujos interesses estão claramente alinhados ao deep state nacional e aos interesses das elites financeiras internacionais. A fragilidade política interna do governo Lula potencializa ações imperialistas como a de Trump.

Nesse sentido, o Brasil encontra-se hoje em uma encruzilhada histórica semelhante àquela vivida por Hugo Chávez na Venezuela pré-golpe. Lula e seu governo têm diante de si duas opções estratégicas bem definidas: ou promovem uma ruptura democrática, radicalizando pela via popular e realizando plebiscitos sobre temas urgentes e consensuais entre o povo — como a taxação progressiva sobre grandes fortunas—, ou permanecerão condenados a uma falsa polarização que beneficia somente os setores reacionários e o imperialismo, mantendo o país em uma paralisia estratégica.

Para a Organização A Marighella — CPR, esta taxação imposta por Trump não é apenas mais um capítulo do jogo geopolítico imperialista, é também um sintoma da urgência da construção de uma verdadeira organização revolucionária, com capacidade real de disputa política, programática e ideológica dentro do Brasil. É necessário organizar, mobilizar e disputar, aprofundando o socialismo popular brasileiro e fortalecendo uma política externa soberana e independente.

É hora, portanto, de intensificar as mobilizações populares, impulsionar ações concretas contra a interferência imperialista e exigir do governo Lula uma firme posição de defesa dos interesses nacionais e populares, rompendo com a lógica conciliadora e vacilante que favorece a submissão. A classe trabalhadora brasileira não pode pagar novamente a conta da crise capitalista e imperialista.

A luta continua. Um projeto nacional de desenvolvimento é o primeiro Horizonte da libertação nacional, mas somente o Socialismo pode, de fato, libertar plenamente a Nação Brasileira!

Socialismo ou morte! Pátria livre: venceremos!