Resolução Setorial Sindical: Botar o bloco da Ação Libertadora dos Trabalhadores na rua pela revogação da Deforma Trabalhista
agosto 13, 2018
Nota sobre a matéria da Revista Piauí
agosto 29, 2018

Orientações para o 1º Turno presidencial: Ciro Gomes vem aí!

A Organização A Marighella – Construção do Partido Revolucionário -, por meio de sua Secretaria de Comunicação, resolve disponibilizar publicamente a orientação para o primeiro turno presidencial, que antes seria restrita a sua militância. No entanto, tendo em vista o volume de apoiadores independentes de Ciro Gomes, nosso candidato à Presidência da República, disponibilizamos esta orientação para o justo diálogo também com esses.

1. Antes de tudo, independente do cenário que for colocado, hoje é dever maior a defesa de Ciro Gomes e de seu Projeto Nacional e Popular, o projeto urgente e necessário ao Brasil e seu povo, o único viável e possível do campo progressista nestas eleições. Ciro Gomes possui larga experiência na administração pública e cristalina retidão com a própria coisa pública, sem qualquer mácula no forte debate da corrupção. Ciro foi prefeito, governador, ministro, deputado, e nunca teve qualquer caso que o marcasse por desvio de conduta. Mais que isso, Ciro elevou o nível de qualidade dos serviços públicos por onde governou. Como ministro, Ciro foi articulador de grandes obras que mudaram a vida do povo brasileiro, tal qual a Transposição do Rio São Francisco, uma ferramenta relevante no combate contra a seca nordestina e pelo desenvolvimento econômico daquela região. Ciro lidera um projeto de reindustrialização, de retomada do desenvolvimento econômico, com mais empregos, com aquecimento do consumo por meio de políticas de desendividamento das massas populares (“Vamos ajudar a limpar o nome de 63 milhões de nacionais do SPC”); um projeto de Brasil forte, justo, independente e soberano; enfim, um projeto nacional e popular, então nacional de desenvolvimento e popular na reconquista de direitos.

2. Todos os ataques do esquerdismo (PSOL/PCB/PSTU/anarquistas/e afins) e de seu candidato, Guilherme Boulos (MTST/PSOL), serão na mesma linha: “Ciro Gomes é capitalista”; “quer a conciliação de classes como os governos petistas anteriores”; “tem a Kátia Abreu do agronegócio como vice”; “Ciro é um coronel nordestino”, dentre outros absurdos. Não é muito difícil fazer a defesa de Ciro para a classe trabalhadora diante desses ataques, haja vista que a classe trabalhadora quer soluções reais e imediatas, e sabe que um sistema econômico e um regime político melhores não estão na ordem do dia, isto é, nem o Socialismo nem a Revolução (única estratégia ao Socialismo, que não será alcançado pelas eleições, como acreditam setores eleitoreiros do esquerdismo) não estão na ordem do dia. A classe trabalhadora precisa de emprego, precisa comer, precisa consumir, precisa viver com a mínima dignidade, para que possamos novamente reorganizar a classe com um novo movimento sindical, que está aos poucos surgindo desde a base. A conciliação de classes é uma realidade dos trabalhadores de redução de danos no capitalismo. Só se supera a conciliação de classes com a realização de uma Revolução, o que não está, como já dito, no plano imediato. Não há qualquer condição nem estrutura revolucionária ainda no Brasil. Sobre a Kátia Abreu, cumpre informar que o Brasil é dependente do agronegócio, e que a superação dessa dependência somente virá com a reindustrialização e com o desenvolvimento, tarefas maiores do programa de Ciro. Não adianta negar o agronegócio e sua importância na economia nacional hoje. Além disso, Kátia Abreu, embora seja da burguesia agrária, tem se posicionado em defesa da classe trabalhadora e da soberania nacional, votando contra a reforma trabalhista e contra a entrega do pré-sal, e se manifestando contra a reforma previdenciária de Temer. Igualmente, Kátia demonstrou ser uma figura pública de imensa lealdade, cortando do próprio patrimônio político e financeiro para defender Dilma à época do impeachment. Ao esquerdismo, sobrará somente a juventude incauta, tomada de ultraindentitarismo, que invariavelmente deve reproduzir essas e outras afirmações contra Ciro. Contudo, movimentos e entidades como a Ação Libertadora Estudantil (ALE) devem intensificar a agitação e propaganda em torno de Ciro Gomes, o que acabará por aumentar o poder de defesa de Ciro na juventude, inclusive porque a juventude majoritariamente também quer soluções imediatas e reais para os problemas do país, o que foi demonstrado amplamente pelas universidades e escolas por onde Ciro passou, sempre lotadas de jovens estudantes. Em verdade, a relação dos apoiadores de Ciro com o esquerdismo e com o eleitorado de Boulos deve ser uma relação de ensinamento, de diálogo, de alerta sobre o voto útil a Ciro Gomes para impedir um segundo turno entre a extrema-direita (Bolsonaro) e a direita (Alckmin). Não deve ser uma relação beligerante. 

3. Diferentemente com relação ao PT (Partido dos Trabalhadores), haja vista que os piores e mais fortes ataques contra Ciro foram realizados por essa legenda nos bastidores da articulação política. Em batalha aberta com Ciro pela hegemonia do campo progressista, o PT forçou o deslocamento do chamado “centrão” para a base de Geraldo Alckmin (PSDB), impedindo o exercício da frente ampla em torno do projeto de Ciro, tática sustentada desde muito pela A Marighella para que Ciro vencesse as eleições. A prova substancial da ação do PT sobre o “centrão”, que reúne uma série de legendas fisiológicas, mas que garantem mais robustez na coligação e maior tempo de propaganda na Rádio e na TV, é a postura de Valdemar Costa Neto (PR), o homem que é tido como líder do “centrão”, e que escutou Lula e a direção nacional do PT, antes de tomar a decisão de levar todo o bloco do “centrão” para Geraldo Alckmin, fazendo do tucano o maior tempo de rádio/TV e a coligação mais forte desta eleição presidencial.

4. Não menor foi o ataque do PT sobre as bases do PSB e do PCdoB, forçando a neutralidade do primeiro e a desistência de Manuela, então pré-candidata à presidência pelo PCdoB. Nas diversas palavras de dirigentes do PSB e do PCdoB, a “chantagem do PT foi pesada”. Como notório, o PSB tem por prioridade a recondução de alguns governadores, e o PCdoB tem por missão garantir a sua existência legal na superação da cláusula de barreira. O PT, com o segundo maior fundo eleitoral (R$212,2 milhões), ainda conseguiu o “inusitado” apoio do PROS, uma legenda do “centrão” que votou a favor do impeachment, e igualmente, com tantos recursos, o PT investiu abertamente pela desidratação da candidatura de Ciro, isolando totalmente o candidato do PDT, levando o PCdoB e, o mais grotesco, neutralizando o PSB. Na prática, o tempo de rádio/TV do PSB irá para o candidato de maior tempo, Geraldo Alckmin (PSDB). Claramente a tática “genial” da direção petista garantiu mais força para Geraldo Alckmin, desorganizou a campanha de Ciro Gomes, paralisou a volta de uma identidade progressista que estava sendo feita pelo PSB após o erro do apoio deles ao impeachment, e ainda retirou uma candidatura combativa, mesmo que limitada, dos debates presidenciais, a de Manuela d’Ávila (PCdoB). Não por acaso, é preciso agitar e propagar as mais firmes denúncias contra o acordão “PTucano”!

5. PT e PSDB, legendas separadas nos anos 90, mas muito próximas nos anos 80, possuem uma tradição comum: a famigerada “socialdemocracia brasileira”, chamada comicamente de “socialismo petista” no PT, que foi teorizada especialmente na USP (Universidade de São Paulo), ora ambiente acadêmico com uma vastidão de intelectuais subalternos ao imperialismo ianque, mas dizer isso evidentemente não pode significar uma generalização dos acadêmicos dessa importante universidade. Entretanto, não dá para ignorar que FHC (Fernando Henrique Cardoso), Fernando Haddad, Marilena Chauí, e tantos outros “uspianos“, possuem convergências gerais no pensamento histórico e social: todos negaram com veemência o comunismo, a revolução, o verdadeiro socialismo, e a brava história dos comunistas do Brasil e do mundo; todos vilipendiaram a tradição do trabalhismo brasileiro e suas expressões de liderança (Getúlio Vargas, João Goulart, Darcy Ribeiro e Leonel Brizola); e todos articularam pelo isolamento de Leonel Brizola nos anos 80 e 90, o PT pela esquerda, e o PSDB pela direita, igualmente fazem hoje com Ciro Gomes. Muitas outras afinidades aproximam PT e PSDB (o fomento ao ultraidentitarismo, o reforço nos debates comportamentais, o esquecimento forçoso dos temas da questão nacional, o combate contra a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), o diálogo intenso com o imperialismo ianque, ora mais submisso com FHC, ora menos com Lula e Dilma), contudo, o que está aqui já é suficiente para denunciar largamente o acordo “PTucano” e as suas origens históricas! O acordo “PTucano” é tão claro que em menos de duas semanas, tanto FHC quanto Haddad já abriram voto para PT (FHC) e para o PSDB (Haddad) em caso de eventual segundo turno entre Bolsonaro e tucanos ou entre Bolsonaro e petistas. Algo que não precisava ser dito, mas foi dito porque fazem questão de frisar o vigor do acordo “PTucano”! Não por acaso, há pouco, Haddad defendeu fortemente Alckmin sobre as denúncias de corrupção no governo de São Paulo, e Alckmin, por sua vez, defendeu a presença de Haddad, candidato à vice-presidência, nos debates entre candidatos à presidência. 

6. Por tudo isso, e muito mais que ainda será exposto durante o primeiro turno presidencial, o PT, que brinca com a inteligência dos brasileiros na insistência surreal da candidatura inelegível de Lula, em um só movimento: isolou Ciro; reduziu a justa e coerente campanha pela liberdade de Lula somente ao PT e seus satélites; retirou Manuela dos debates presidenciais; entregou o tempo de rádio/TV do PSB para Geraldo Alckmin (PSDB); paralisou o giro à esquerda do PSB; e fortaleceu a coesão do eleitorado de Bolsonaro, que se garante na base da unidade da extrema-direita contra a possível volta de Lula, um “candidato presidiário”, alvo fácil dos ataques reacionários; enfim, esse PT merece mais do que nunca toda a denúncia dos apoiadores de Ciro Gomes! Precisamos sufocar o PT para fazer Ciro avançar  sobre o eleitorado progressista! O trabalho sujo feito pelo PT contra Ciro será cobrado intensamente no primeiro turno, pois, como o próprio PT escolheu, o que está em jogo é mais do que a eleição, é a liderança do campo progressista nos próximos anos, que não pode ficar nas mãos do “mais tucano dos petistas“, Fernando Haddad, que não possui qualquer chance no segundo turno contra qualquer candidato! 

7. Lula possui 72 anos. A sua injusta prisão não será revogada com um novo governo continuador do golpe de 2016, porque por mais que eventualmente o articulador Lula e a crente direção nacional petista possam acreditar na complacência de Geraldo Alckmin e de outros golpistas, temos por certo de que ele não cumprirá a parte tucana do acordão para inviabilizar Ciro Gomes. Assim, a tendência real é que Lula fique preso por um período suficiente para ser desmantelada a sua capacidade de liderança, inclusive interna no PT. Tão logo, o candidato progressista que for ao segundo turno, inevitavelmente será o porta-voz da oposição, e isso é o que quer Haddad, diferentemente de Ciro, que chegando ao segundo turno, rompe o isolamento imposto pelo PT, e lidera um novo bloco progressista e amplo rumo à vitória. Por isso, apontar que Haddad é “PTucano”, tornou-se uma tarefa urgente do primeiro turno!

8. Cumpre informar, sobretudo aos apoiadores independentes, de que o PT, seus dirigentes e militantes mais astutos, farão um enorme esforço para apaziguar as relações com a militância apoiadora de Ciro. Afinal, do jeito que está, nada de novo acontecendo no campo progressista, Ciro será desidratado, com menos tempo de rádio/TV do que Haddad, sem o apoio de um grande eleitor (Lula), sem uma máquina eleitoral pesada (infelizmente, o PDT ainda não é um partido tão grande quanto o PT, nem possui um campo gravitacional de movimentos sociais, estudantis e sindicais tão extenso quanto o do PT), enfim, tudo ficando como está, Haddad acabará passando Ciro em breve nas pesquisas (em tempo, uma orientação geral: ler e interpretar as pesquisas, mas não confiar cegamente nelas, e sempre observar quem as pagou (encomendou)). Por isso, não se pode deixar levar pelo canto da sereia de uma “unidade” do campo progressista. Não teve e não tem unidade! A unidade foi desorganizada e destruída pelas ações unilaterais do PT e pela aceitação do PCdoB e do PSB aos ditames petistas! Agora estamos em batalha no primeiro turno eleitoral, e o PT é adversário, seja com Lula, o que não será, seja com Haddad, que de fato será o candidato petista. 

9. O peso das denúncias contra o PT nesse processo de sufocamento da candidatura irresponsável de Lula, ou da candidatura social-liberal de Haddad, precisa preservar o PCdoB, pois, de toda a sorte, ao lado do PSB, devem ser os primeiros partidos a apoiar Ciro no segundo turno. Ao contrário do PT, que certamente terá um processo interno fratricida no qual correntes mais sectárias do que a já sectária direção nacional petista, pedirão voto nulo ou algo semelhante, na alegação estúpida de que “Ciro não é de esquerda“. Portanto, como em diversos momentos históricos o PT anulou-se (em 1985, quase permitindo a vitória de Maluf no colégio eleitoral; em 1988, negando o avanço da Constituição Federal; e em outros casos estaduais e municipais), é natural imaginar que eventualmente com Ciro no segundo turno, o PT venha a se anular novamente, ou faça nenhum esforço para a vitória de Ciro (“voto crítico” e outras sutilezas). Dessa forma, não se pode cair no argumento de que os ataques contra o PT podem romper as relações para o segundo turno, pois, em primeiro lugar, não atacar é permitir o êxito de Haddad (o verdadeiro candidato petista), e mesmo sem ataque, nada garante que o PT apoie Ciro no segundo turno. Afinal, quem traiu uma, duas, três vezes, invariavelmente, vai trair de novo! O PT pode e deve sim ser denunciado como “Partido da Traição”! Traiu o destino da nação brasileira ao apostar na irresponsabilidade do cego lulismo, traiu velhos aliados, traiu o futuro de um Brasil soberano, tudo em nome de um hegemonismo tacanho, que lutaremos contra até o fim! A primeira batalha para Ciro ser o próximo Presidente do Brasil é a da liderança do eleitorado progressista nestas eleições. Por isso, sufocar o PT, mas preservar o PCdoB, e preservar o sincero eleitor petista, e até mesmo preservar o verdadeiro militante petista, homem ou mulher de boa fé, que não possuem culpa dos erros da direção nacional do PT, é finalmente a nossa tarefa mais urgente neste momento. Afinal, não há religião lulista que segure uma leitura realista, com comprovações, sobre o momento do país, ainda mais com o prolongamento de sua injusta prisão. Qual a lógica de acreditar que em meio a um golpe, o judiciário, ora um dos protagonistas do golpe, o mesmo judiciário que prendeu e segue a prender injustamente Lula, em decisão inconstitucional, enfim, qual a lógica de acreditar que esse judiciário permitirá a candidatura de Lula? E mesmo se permitir, Lula será um candidato sequestrado, e caso vença as eleições, o judiciário somente validará a sua vitória após um verdadeiro acordão, não impugnando a chapa pela Lei da Ficha Limpa (uma legislação equivocada assinada pelo próprio Lula na lógica petista de judicializar a política para combater a corrupção). Ou seja, não há segurança jurídica nem política nessa candidatura desvairada de Lula, que só se justifica pela manutenção de deputados federais e estaduais do PT (voto na legenda aumenta com Lula candidato) e pela pouco inteligente disputa da liderança do campo progressista com Ciro. 

10. Geraldo Alckmin (PSDB) é o candidato oficial do golpismo, ora programa do golpe de 2016. Henrique Meirelles (MDB, antigo PMDB) funciona como escudo de proteção para Alckmin não ser rotulado como o candidato apoiado por Michel Temer. Todavia, a verdade é essa: Alckmin é igual a Temer! E contra essa verdade, o ex-governador de São Paulo não conseguirá fugir. O próprio Michel Temer afirmou que o seu governo apoia Geraldo Alckmin em recente entrevista. O programa ultraliberal de Alckmin é a continuidade do Governo Temer com o diferencial de ser testado nas urnas. Por isso, uma vitória de Alckmin, como quer a maioria dos atores do conluio golpista, será a legitimação do golpe infelizmente pelas urnas. Entretanto, a vida dos tucanos não será fácil. E nós precisamos aumentar o nosso poder de fogo contra mais esse inimigo da Pátria e do Povo. Alckmin é a reforma trabalhista e a reforma previdenciária de Temer, Alckmin é mais entrega do pré-sal e de nossas riquezas nacionais, Alckmin é a privatização da Petrobrás e de outras estatais, Alckmin é o “fim do mundo” nas áreas sociais com o congelamento de gastos. Alckmin é o fim da CAPES e da pesquisa e da ciência nacionais! Alckmin é o fim do ProUni, do FIES, do SUS, e de outros programas sociais! Assim sendo, aniquilar Alckmin é igualar o mesmo a Temer e Meirelles: Alckmin = Temer!

11. Jair Bolsonaro (PSL) é o fantasma da ditadura militar, é uma candidatura de programa ultraliberal, mas com baixo respaldo do mercado, com pouca força institucional, sem tempo de rádio/TV, sem grande estrutura partidária. Jair Bolsonaro não chega a ser um outsider, afinal já está na política há muito tempo. Porém, veste a farda da mudança e os sapatos da novidade, mesmo sendo comprometido até o osso com a continuidade do programa golpista de 2016. Bolsonaro votou favorável à reforma trabalhista, defendeu a reforma previdenciária de Temer, defende a privatização da Petrobrás, defende a entrega da Amazônia, enfim, de “patriota” e de “nacionalista” alguém, que presta continência à bandeira dos Estados Unidos, não tem nada. Entretanto, o petismo e o esquerdismo, que muito colaboraram com o crescimento de Bolsonaro, seja pelos desvios no debate moral da corrupção (PT), seja pela predominância do ultraidentarismo no cotidiano da esquerda (esquerdismo), agora exacerbam ainda mais esse candidato rotulando todo o seu eleitorado enquanto fascista. Longe disso! Que Bolsonaro é fascista, todos sabem. Porém, o seu eleitorado não é composto somente por fascistas. Se fosse, a nossa situação estaria muito mais preocupante. Por sorte, está menos. A verdade é que a maior parte do eleitorado de Bolsonaro é composto por antigos eleitores do campo progressista que se indignaram com os erros do PT, com a falta de perspectiva classista e nacionalista em outras alternativas de esquerda, com a ausência de um projeto claro de desenvolvimento da nação, com o ultraidentitarismo em meio a um país de imensa religiosidade e de moral conservadora, com o desemprego cada vez maior, e com o desgaste da política e sua criminalização nos últimos anos, enfim, o fenômeno Bolsonaro é principalmente resultado da falta de uma esquerda nacionalista e popular nas urnas e nas ruas. Por óbvio, a outra parte, não menor, do eleitorado de Bolsonaro é sim desajustadamente fascista, germinada há tempos dentro do eleitorado tucano, que agora finalmente possui o seu representante presidenciável. De toda a maneira, a nossa tarefa diante de Bolsonaro é a tarefa de limitar o seu eleitorado, diminuir cada vez mais, reduzir somente aos de fato fascistas, que são bem menores do que as pesquisas apontam para Bolsonaro, contudo, faremos isso sem ações desesperadas e grotescas que podem ter o efeito contrário. Trabalhar com as contradições do discurso e da prática de Bolsonaro. Explorar o seu falso nacionalismo e a sua verdadeira face: a de inimigo da classe trabalhadora. Reduzir Bolsonaro é justamente arrancar o seu eleitorado perdido e desorientado, contudo, sinceramente patriota e rebelde com a atual situação do país. É isso que precisamos e vamos fazer!

12. Essas são as principais orientações para o primeiro turno presidencial, esses são os principais adversários de Ciro. Os demais, pelo nosso entendimento, ao natural, devem ficar pelo caminho, ou não devem prejudicar Ciro. Talvez apenas Marina mereça a nossa atenção em breve. Agora vamos para a batalha! É preciso tomar as redes e as ruas em defesa de Ciro Gomes! A principal tarefa da Organização A Marighella – CPR até 7 de outubro será agitar e propagar que Ciro Gomes vem aí pelo Brasil que a gente precisa! Com uma intervenção própria, impulsionada principalmente pelos movimentos-entidades ALE (Ação Libertadora Estudantil) e ALT (Ação Libertadora dos Trabalhadores), disputaremos o símbolo da estrela vermelha, que é a estrela internacionalista da classe trabalhadora, que é a estrela dos comunistas, que não é de pertencimento do PT, que em verdade hoje, possui uma estrela branca numa bandeira vermelha. Mais que isso, trocando passe com o sonho do hexacampeonato mundial de futebol (esporte mais amado pelo povo brasileiro), registramos 5 (cinco) estrelas, simbólicas aos maiores governos progressistas que tivemos: Getúlio Vargas, quando eleito (1951-1954); João Goulart, que foi derrubado pelo golpe militar em 1964; Lula, por dois mandatos (2003-2010); e Dilma Rousseff, em seu primeiro mandato (2011-2014). O sexto governo progressista será o nacional e popular de Ciro Gomes, o que reservamos a estrela vermelha, a sexta e definitiva estrela rumo à libertação nacional! Por tudo, é preciso usar bastante as redes sociais, curtindo, comentando e compartilhando todas as publicações da campanha e todas as ações da intervenção marighellista na campanha de Ciro! E claro: sufocar o PT, aniquilar Alckmin, e reduzir Bolsonaro!

 

Sufocar o PT: PT = Partido da Traição! PT nunca mais! Haddad é PTucano!

Aniquilar Alckmin: Alckmin = Temer!

Reduzir Bolsonaro: Patriota não bate continência pra bandeira americana! Bolsonaro, jamais!

Nem PSDB/MDB, nem PT, nem fantasma da ditadura! Brasil pra frente, Ciro Gomes Presidente!

Ciro Gomes vem aí pelo Brasil que a gente precisa!

 

Brasil, 17 de agosto de 2018; ao 107º ano de imortalidade do Comandante Carlos Marighella.

Secretaria de Comunicação da Organização A Marighella – Construção do Partido Revolucionário