“Não sou escravo de nenhum senhor”, “Sofri nos braços de um capataz”, “Morri nos canaviais onde se planta gente”, “Meu Deus! Meu Deus! Se eu chorar não leve a mal. Pela luz do candeeiro, liberte o cativeiro social”, “Oh! Pátria amada, por onde andarás? Seus filhos já não aguentam mais”, “Ganância veste terno e gravata onde a esperança sucumbiu”, “Teu livro eu não sei ler, Brasil!”: esses foram alguns dos versos cantados a plenos pulmões por sambistas e populares durante o carnaval brasileiro. Paraíso do Tuiuti e Beija-Flor de Nilópolis, respectivamente vice-campeã e campeã do carnaval carioca e donas dos sambas-enredo com aqueles profundos versos elencados, marcaram seus desfiles na Avenida Sapucaí por muito protesto e contestação ao golpismo e suas contra-reformas neoliberais, ao racismo, e à crise brasileira generalizada.
Independente do estilo apresentado por cada escola, tanto Beija-Flor, mais ampla e genérica, potencializando o senso comum de crise de representatividade e de criminalização da política, o que era óbvio por conta dos dirigentes da escola, quanto Paraíso do Tuiuti, mais objetiva contra o preconceito étnico-racial, contra o governo golpista de Michel Temer, contra as reformas neoliberais (trabalhista e previdenciária), contra as manifestações “Fora Dilma” dirigidas pelo conluio golpista, ambas escolas, enfim, despertaram a consciência das massas trabalhadoras para luta popular.
Importante recordar o papel da Estação Primeira de Mangueira, tradicional escola verde-rosa, que foi decisiva no combate ao Prefeito obscurantista Marcelo Crivella.
Terminada a festa do povo, que há muito segue atacada pelas elites dominantes que tentam acabar com ela, a tarefa agora é abastecer a luta popular com esse maravilhoso combustível: o carnaval de 2018.
Somos um povo de luta e carnaval! Somos um povo que levantará o projeto nacional-popular!
Viva a Brava Gente! Viva o Povo Brasileiro! Viva o Brasil!
Agora, vamos botar nosso bloco na rua contra a reforma da previdência!
Secretaria Nacional de Comunicação da Organização A Marighella – Construção do Partido Revolucionário