Liberdade para Julian Assange! Lenín Moreno traidor e capacho imperialista!
abril 11, 2019
É hora de esmagar a Lava Jato, Sérgio Moro e toda crença na judicialização da política
junho 16, 2019

30M/14J: Botar o bloco na rua em defesa da educação pública, contra a reforma da previdência, contra o bolsonarismo, e pela superação do petismo!

A Marighella – CPR, por meio de suas setoriais de juventude (JPB – Juventude Popular Brasileira) e sindical, mobiliza entidades-movimentos referenciadas no âmbito estudantil e na classe trabalhadora, sejam as de base, sejam em especial a ALE (Ação Libertadora Estudantil) e a ALT (Ação Libertadora dos Trabalhadores), para os atos dos dias 30 de maio e 14 de junho.

Embora se tenha desacordo sobre a forma da convocatória do dia 30 de maio, que claramente demonstrou ter sido uma tentativa forçosa da direção da União Nacional dos Estudantes (UNE) para não perder uma suposta legitimidade de convocação do processo de luta contra os cortes orçamentários do Ministério da Educação, ainda assim, diante do chamado da conjuntura e da perspectiva de mobilização nas ruas, não restou outra alternativa senão colocar o nosso humilde bloco na rua também. Porém, cumpre pontuar essa crítica posto que o lógico era não cair no atismo, após o vigoroso ato de 15 de maio, e fortalecer a busca por greve geral no ato de 14 de junho, haja vista que a mobilização do 30 de maio dificilmente conseguirá manter o mesmo fôlego nas ruas do ato anterior (15M), algo percebido rapidamente pela baixa nas redes e nas instituições de ensino que não devem paralisar. Entendemos que existem outras formas de luta, que precisam ser melhor e mais exploradas no tema educacional, que não sejam necessariamente paralisações e caminhadas.

De qualquer modo, tomar as ruas unificando as lutas contra a reforma da previdência e contra o projeto de desmonte educacional, ambos ataques do Governo Bolsonaro, é a tarefa. Isto é, unificar a juventude estudantil com a classe trabalhadora, em particular com jovens trabalhadores, foco de nossos recrutamentos, eis a missão tanto para o 30M quanto para o 14J. O combate em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade, a educação que o Brasil precisa, que não pode ser cortada (ou em eufemismo, “contingenciada”), o combate pela educação necessária ao Brasil e seu povo rumo à educação popular, esse combate deve estar vinculado neste momento com a batalha pelo direito à aposentadoria, com a batalha contra a reforma da previdência.

E isso deve ocorrer por três motivos principalmente: os cortes no orçamento da educação, assim como em outras áreas (no orçamento dos militares, por exemplo), servem flagrantemente de chantagem do Governo Bolsonaro pela aprovação da reforma da previdência, logo não se pode ignorar a luta contra a reforma como fazem UNE e UBES em seus atos genéricos “em defesa da educação”; a luta contra a reforma previdenciária ainda possui menor apelo, tendo em vista o bloqueio midiático em favor da reforma, e pela dificuldade de ampliação desse tema para além do movimento sindical, atualmente envelhecido, altamente burocratizado e distanciado das massas populares, esgotado pelo lulismo da CUT/CTB e pelo peleguismo propriamente de outras centrais sindicais, o que reforça a necessidade da luta pela educação, que consegue ampliar, carregar a luta contra a reforma da previdência; e, por último, a indispensabilidade da construção da unidade entre estudantes e trabalhadores, sobretudo com o fortalecimento da presença de jovens trabalhadores, que costumam se engajar mais pela disponibilidade de tempo, e que são a esperança na renovação do movimento sindical, inclusive devemos buscar igualmente trabalhadores desempregados, uma massa que alcança cerca de 15 milhões de brasileiros e de brasileiras.

Os atos de 30 de maio e 14 de junho devem servir também como demonstração popular de repúdio ao bolsonarismo, que foi às ruas de maneira organizada, e preocupante pelo fascismo expresso, no último 26 de maio. Mesmo não sendo numerosas, as mobilizações bolsonaristas apontam para uma organização concreta do Governo Bolsonaro nas ruas, ainda que com uma dispersão antipolítica estúpida nas bandeiras, que encontrou respaldo na grande mídia como atos de apoio à reforma da previdência e ao pacote anticrime de Sérgio Moro, uma forma da grande imprensa burguesa tentar reorientar o bolsonarismo para além da defesa cega de Jair Bolsonaro e de sua família. O fato do 26 de maio não ter sido pequeno (por mais que também não tenha sido numeroso), o fato de ter recebido amparo e potencialização da grande mídia, tudo isso apenas reforça a irresponsabilidade da convocação forçosa do dia 30 de maio, ao mesmo tempo que nos obriga a tomar as ruas com força em 30 de maio e em 14 de junho para responder ao bolsonarismo. E combater o bolsonarismo passa por disputar os simbolismos pátrios e populares, pois os verdadeiros patriotas estão do lado de cá! 30 de maio e 14 de junho são dias de caras pintadas de verde e amarelo, e de bandeiras do Brasil nas ruas!

Na mesma linha, uma compreensão óbvia é o sufocamento de bandeiras dispersas e difusas que não sejam as das lutas pela educação que o Brasil precisa e contra a reforma da previdência. Nesse sentido, a superação do petismo/lulismo torna-se uma tarefa indispensável para que os atos não virem pauta negativa nas massas populares que elegeram Bolsonaro, mas que estão descontentes com o atual governo, que aos poucos vão percebendo que o “mito” era apenas uma lenda eleitoral, que na prática exerce um governo de ocupação imperialista ianque: antipovo e antinacional. Superar o PT hoje é fundamental e estratégico para a recomposição da esquerda brasileira, tanto a institucional-democrática quanto a nossa revolucionária (mas que ainda necessita ter táticas institucionais tendo em vista a atual etapa nacional-libertadora). Não se combate o bolsonarismo com a defesa do PT. Isso é estagnar o processo de reconquista das massas populares. Por isso, paralelamente ao combate contra o bolsonarismo, devemos fomentar a superação do petismo em todos os espaços.

Botar o bloco na rua em defesa da educação pública, contra a reforma da previdência, contra o bolsonarismo, e pela superação do petismo!